Pintor, escultor, fotógrafo, ator... múltiplo! Esse é Zé Tarcísio, nome de peso das artes plásticas do Ceará que completa, em 2011, 70 anos de vida e 50 anos de carreira. Ou melhor, como ele mesmo diz: “50 anos de teimosia”.

Em 1941, era José Tarcísio Ramos, o menino que nasceu na Vila Diogo e que desenhava amarelinha na calçada. Em 1961, era o jovem ousado que tentou a vida no Rio de Janeiro e que, apesar das perseguições políticas, conseguiu espaço, participando de exposições no Brasil e no mundo.

Na década de 1980, era o aventureiro da cidade grande que desbravava o litoral cearense em busca da tranquilidade e do encontro com a natureza. Diante da simplicidade do povo e das necessidades ecológicas do lugar, encontrou mais uma bandeira política em sua trajetória.

Hoje, o artista mantém a irreverência e a simpatia de sempre. Continua tão autodidata como era quando desistiu da Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro. Afinal, a liberdade é a única palavra de ordem na obra e na vida de Zé Tarcísio.

E para cultivar o vigor artístico, nada melhor que cuidar do precioso ateliê na Rua Dragão do Mar, onde, há duas décadas, encontram-se verdadeiras relíquias. Mas como a região não está tão tranquila como antes, desistiu de morar ali.

Foi na atual residência que Zé Tarcísio cedeu uma entrevista à equipe da Impressões Digitais. E o local combina muito com o anfitrião no acolhimento, na simplicidade e na riqueza dos detalhes. Conheça um pouco dessa importante figura para a arte no Ceará.

João Victor Sales
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